João Pessoa - Evento, Cinema, Show
domingo, 03 de maio de 2009
domingo, 03 de maio de 2009
A 4ª edição do 'Festival de Cinema da Língua Portuguesa' começou dia 1 de maio, quando foi exibido meu audiovisual “Uma História de Pescador” na 'Sessão Prêmio ENERGISA Estímulo ao Audiovisual Paraibano', que não vi... De acordo com amigos o movimento no amplo espaço da Usina Cultural foi concorridíssimo...
A programação está repleta de boas opção para todos os gostos, com oficinas, encontros e debates, muitos filmes , lançamentos de livros, com uma livraria oferecendo o ‘must’ da literatura cinematográfica e afins, a curiosa expo de "Bode Arte", lembrando a "CowParade", e encerando com diversificados shows às 24hs... Bem poderia ser 'Festival Cultural dos Países da Língua Portuguesa' dada a multiplicidade inclusive linguistica que se encontra por ali... Até o dia 10. Tem que ir!!! www.festivalcineport.com/
A programação está repleta de boas opção para todos os gostos, com oficinas, encontros e debates, muitos filmes , lançamentos de livros, com uma livraria oferecendo o ‘must’ da literatura cinematográfica e afins, a curiosa expo de "Bode Arte", lembrando a "CowParade", e encerando com diversificados shows às 24hs... Bem poderia ser 'Festival Cultural dos Países da Língua Portuguesa' dada a multiplicidade inclusive linguistica que se encontra por ali... Até o dia 10. Tem que ir!!! www.festivalcineport.com/
Depois de 10 dias de intensa programação o Festival chegou ao fim deixando saudades e uma lista de filmes premiados... O mais em alta foi o já muito premiado “Estômago” de Marco Jorge (Brasil/Itália, 2007), que vi em outro lugar e gostei muito do humor sutil, da alternância temporal culminando com o que levou o personagem para a cadeia e o que ele conseguiu com seus dotes culinários na prisão, onde a luz e produção conseguiram dar ares nobres para um ambiente que normalmente é tratado de forma sombria.
Me lembrou “Perfume: The Story of a Murderer”(2006)... mais pelo poder dos sentidos que pela abordagem...
Vi bem menos filmes do que gostaria, de todos o que mais gostei foi “É Dedra ser Algolano” do Coletivo Fazuma (Luanda - Angola)... Perdi o começo e não sei se explicam o que significa ‘dedra’, mas deu para entender o quanto difícil é ser angolano ... Inspirado no disco "Ngonguenhação" do Conjunto Ngonguenha, foi rodado na area de uma Bwala, que se não é um bairro é uma grande vala, pena não terem filmado a passagem da água por ali... O filme mostra esse nosso lado primitivo tentando se adaptar a civilidade, se é que me explico... Aborda política, sociedade, cultura de forma séria é muito bem humorada, ritmado não só por esse ‘Ngong, como pelo Kuduro, estilo original angolano... O depoimento do poeta do “O cú na poesia” é impagável... O fio condutor, de passagem de uma historinha para outra, são cenas de momentos diferentes do mesmo ângulo dentro de um coletivo onde os passageiros estão há ouvir a radio Dedra, no final todos saem... Fechou! Merecia prêmio.
Concorrendo na categoria Documentário Longa, dos 14 filmes só vi 3, o “É Dedra Ser Angolano”...
O “Diário de Sintra” da Paula Gaitán (Rio de Janeiro - 2007), tinha visto numa versão do Rumos Itaú Cultural que depois soube foi reduzida para se adaptar aos padrões deles. De qualquer forma independente da versão longa ou curta acredito não mude a característica de filme de arte, que no meu entender vai muito além de um documentário, dificultando a comparação com outros filmes do gênero. Apesar de conter entrevistas e abordar o período que a família Glauber Rocha esteve em Sintra, a narrativa é tão fluxo de memória transtemporal, tão poética, de uma estética tão contemplativa e reflexiva que se não podia estar em outra categoria, deveria ser "hors concours".
E “Pachamama” de Eryk Rocha (Rio de Janeiro 2007) vencedor da categoria. Bom, gostei especialmente do início, do tom intimista em que o autor já na viagem de carro, fazendo a câmera, fala da proposta de ir para a fronteira do Brasil, Bolívia e Peru registrar o que encontrar por lá sem roteiro definido, numas de vivência - existência... O fio condutor do filme é a estrada cujo ritmo acelerado expõe belas abstrações. A temática política ganha destaque, muito por conta da tensão social que existe na fronteira em questão, mas principalmente por opção do autor que registrou depoimentos dos locais abordando o socialismo, e incluiu cenas de Tv(?) do presidente da Bolívia, Evo Morales, falando sobre a tradição do cultivo de coca, cujo o costume de consumir a folha foi mostrado por um minerador em ‘expedição’ numa mina. Sorte encontrar o movimento das “naciones originales” na rua (onde mesmo?), no caminho entre os 'originais', passando por todos aqueles vermelhos com detalhes multicoloridos, eu teria me perdido muuuiiito mais por ali... mas entendo, se bem que considero muito jornalístico, a pressa de chegar no ponto ápice do confronto com a polícia. Daria mais tempo nessa história em vez de tanto para o longo registro da reunião de companheiros em vias de se organizar. O final parece resgatar a proposta inicial, mas a espontaneidade e ingenuidade do roteiro já estavam ‘perdidos’, como a poeira na estrada...
No mais, na categoria que concorri, o troféu andorinha foi para "Terra Erma" de Helton Paulino (Campina Grande – PB) que não vi, mas achei no Youtube uma reportagem:
E “Lelê” de Carlos Dowling e Shiko (João Pessoa – PB) teve menção honrosa nessa mesma categoria Prêmio ENERGISA Estímulo ao Audiovisual Paraibano. Já conhecia esse vídeoclip da música do Chico Correa & Electronic Band, uma animação bem legal que não sei se a versão apresentada foi a mesma do YouTube ...
E ainda dentre as Oficinas, Workshops e encontros proporcionados vale destacar...
A Fabrica do Futuro http://www.fabricadofuturo.org.br/
A proposta da Iteia http://www.iteia.org.br/
Ocupar Espaços http://www.ocupar.org.br/
O portal Pernambuco Nação Cultural http://www.nacaocultural.pe.gov.br/
E o trabalho do André Parente http://www.eco.ufrj.br/aparente/ que falou e mostrou um monte de filme vídeo arte tecnologia e instalações afins...
Nenhum comentário:
Postar um comentário