Cultura
sábado, 01 de março de 2008
Encerram dia 7, adiada para 10/04, as inscrições de projetos para o FIC - Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos, da Paraíba, que dentre as leis brasileiras, a Rouanet no âmbito federal, outras estaduais e muitas municipais, que propõem a isenção fiscal de empresas para investimento cultural, é uma das poucas que não obriga o empreendedor a ir atrás de um patrocinador. Tenho escutado sobre o quanto é difícil obter patrocínio de empresas através dessas leis e não consigo entender... ou os empresários acham que o poder público está aplicando algum golpe, ou o projeto cultural é tão ruim que não vale a publicidade gratuita, ou eles não entenderam a proposta. Acho essas leis extremamente paternalistas, se o poder público resolveu abdicar de um valor tributário, por que não faz isso diretamente? Por que gerar esse benefício de marketing cultural gratuito para as empresas? Entendo que pequenas empresas, especialmente as micro, precisem desse incentivo, e de outros, já que dificilmente tem verba para publicidade, mas grandes empresas tem bons lucros e verba publicitária, podem financiar projetos culturais e sociais sem incentivo fiscal nenhum, por comprometimento e responsabilidade social, e por ser um bom negócio. Felizmente temos empresários com essa consciência, pois já está mais do que em tempo de darmos o devido valor a nossa cultura, não só porque gostamos de estimular os sentidos, mas porque cultura é um legado, é riqueza que fica de geração para geração.